quarta-feira, 7 de setembro de 2011

El Castillo

O castelo, dá nome, à agora “cidade” (população a rondar os 3.000 habitantes), El Castillo.


O rio San Juan, chegou a ser considerado como uma alternativa ao actual canal do Pananá e desde a descoberta por Cristóvão Colombo da Nicarágua, tem sido utilizado como ponto estratégico para alcançar o lado Oeste da América do Norte. Na guerra ao ouro californiano, partiam de Nova Iorque e Nova Orleãs, muitos homens com a febre de enriquecer. O seu percurso passava por subir o rio San Juan e em diligências cruzarem os apenas 30 km entre San Jorge e San Juan del Sur.

No entanto e volvidos mais de 500 anos da descoberta, ainda não existem qualqueis estradas a ligar as localidades de San Carlos a El Castillo e San Juan del Norte, mais abaixo. Existe apenas uma estrada que liga San Carlos a Managua, considerada a pior de estrada de toda a Nicaragua :S

Continuámos portanto, por via marítima até El Castillo, o castelo que em tempos protegeu os Espanhóis para transitarem as riquezas locais, face às diversas ameaças, quer dos piratas, quer de outros Europeus (Ingleses). Ergueram a fortaleza, para controlar e impedir o trânsito até as cidades, nomeadamente Granada, uma localização estratégica e de onde saíam as caravelas rumo à Europa.

A sua localização, junto ao “Raudal del Diablo”, um rafting, proporcionava uma localização excelente para bombardear os navios e segundo o que nos contaram talvez tenhamos a sorte de avistar alguns restos dessas batalhas, quando continuarmos rio abaixo….

 

Nós iniciamos a nossa exploração da cidade, escolhendo o lugar para ficar. As casa aqui são bastante rudimentares, de madeira, com grandes aberturas entre tábuas… O primeiro hotel que vi não me inspirava muita confiança, onde a rede mosquiteira, demasiado pequena para uma cama de casal, certamente iria obrigar a que dormíssemos com a cara colada à mesma :S

Acabamos por nos render e ficar no melhor hotel, num quarto que desceu dos 35 aos 20 dóllares, face a falta de turista e só assim permitindo a nossa extravagância. Mas são estes acasos que por vezes valem a pena. Neste hotel tivemos a possibilidade de conhecer os animais de estimação, as tartarugas e um crocodilo. A dona indicou-nos que tinham um crocodilo, pensei que fosse um animal pequeno e quando me desloquei ao alpendre, não o consegui avistar, apenas algums tartarugas e um ramo de madeira que saía da água. Nesse momento a Nena (dona) começou a bater na madeira e o ramo mexeu-se…. Afinal aquele é o crocodilo, que erro meu :S deve ter cerca de 3 metros e está bem ensinado, que nem um animal de estimação… quando ela bate na madeira aproxima-se e aguarda a sua refeição, restos de frango (ossos), depois a Nena partilhou pão, desta feita o crocodilo não se mexeu e deixa comer as suas colegas tartaguras, que com ele convivem sem nenhum preconceito!!!

 

Apesar de ser uma localidade bastante pequena, conseguimos localizar a maioria dos 6 tipos de igreja das religiões existentes. Achei engraçado o placar nesta casa, indicando a sua fé e a intenção de se manterem na mesma religião, como se lhe batessem à porta a vender bíblias :D

 
 
 
 
 

Como toda a Nicarágua, a população é na sua maioria crianças, que apesar do pouco espaço livre (na considerada zona citadina), têm infraestruturas para brincar, como os baloiços e o campo de futebol/basquetebol bem no centro da cidade e com uma vista invejável. Verdade também, que quando se emocionam, em vez de correrem para a estrada, têm de nadar para recuperar a bola. Nesta terra onde apenas circulam bicicletas, não existe o perigo de caso chutem a bola para o lado oposto, um carro mais descuidado os magoar :D

 
 
 
 

Visitamos ainda o museu natural de mariposas, onde criam e libertam diversas borboletas. Fiquei a saber que existe uma especie que se forma em apenas um dia. Nasce é fecundada e morre, nessas 24horas. Vida demasiado rápida…

 
 
 
 
 

Por último observamos por 5 min o pior jogo de futebol que alguma vez vi. A bola sempre no ar e nunca no chão, acho que até eu faço melhor… no entanto, só após algum tempo descobri que a relva não permitia a bola rolar (tantos socalcos), além da inclinação no próprio campo :S… lol…


Para terminar a nossa estadia, maravilhamo-nos com a especialidade local, camarões… A maneira como os descrevem é: têm as pinças tão forte que podem cortar os testículos de um boi.. ops!!!!  Para nós foram totalmente inofensivos :D

 


Post by Helena


+ Fotos

A Caminho
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

A Companhia
 
 
 

A "cidade"

O Castelo
 

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