Somoto, é uma das caminhadas que fazemos, mas durante estes quase 5 meses apenas ocorreu uma vez, onde dois americanos pagaram por 6 (número minímo). Como responsável pela promoção, depois da minha lesão convenci o director a promovermos o canyon. Não consegui ninguém, mas a altura para promover foi de facto a pior, onde estivemos 1 semana sem ninguém entrar no escritório, estamos em final de Maio início de Junho. Agora todos os dias temos inúmeras pessoas e a jeito de despedida pedi para ser colocado no mapa das caminhadas, sendo liderado pelos guias que estão de partida. O meu pedido foi rejeitado pelos 2 novos responsaveís, no entanto isso não me impediu de pegar na mala e percorrer 200 km para esta aventura no Canyon.
Em Abril, o Thiago já tinha ido com alguns guias do Quetzaltrekkers e disse-me que além de ser a "caminhada" mais divertida seria fazível sem guias. Então convenci as outras duas colegas do Quetzaltrekkers que me acompanhavam agora, que nos iríamos safar super bem.
Em todo o caso e sabendo a longa distância que tinhamos de percorrer, decidir contactar as únicas duas pessoas inscritas no couchsurfing. Uma delas respondeu-me, e apesar de não nos poder receber, indicou-nos o contacto do Gonzalo, que além de couchsurfer é guia no Somoto. 2 em 1, perfeito!!! Passei todo o dia a tentar contactá-lo sem sucesso e pelos ponteiros do relógio e velocidade de viagem chegaríamos à cidade de Somoto por volta das 19/20h, muito tarde para ainda nos deslocarmos ao canyon e acampar. Na nicaragua às 19h é noite cerrada!!! No entanto, enquanto almoçamos em Esteli a 60 km de Somoto e a 2 horas de distância :S recebi um telefonema do Gonzalo. Iria receber-nos. Não tinha cama, porque tinha dois espanhois em casa, mas tinha um sofá cama que julga que dará 3 raparigas. A esta hora, esta oferta é espectacular, mesmo no chão estamos bem.... Esta foi a minha primeira experiência em couchsurfing e também da Liz e da Sarah que me acompanhavam. Quando chegamos à estação estavamos um pouco reticentes, 3 raparigas a irem para casa de desconhecidos....dissemos que foi um prazer termos-nos conhecido e colocámo-nos no taxi. Bem, melhor não podia ter sido. Estavam umas 15 pessoas na casa da rapariga que me respondeu ao pedido no couchsurfing. Tem 39 anos é canadiana e as suas primeiras palavras em espanhol foram: "Posso colocar a minha tenda aqui?", disse-me que queria aprender português e expliquei-lhe esta mesma frase. Conheci também além de todas as pessoas que estavam na casa do Gonzalo, mais dois canadianos (cosntruiram uma escola nas redondezas) e muitos Nicas. A noite além de mojitos e cerveja, foi abençoada com uma paella e tortilhas, não estivessem os espanhois na cozinha. Nós lavamos a loiça, mas só depois de uma dance party, com muita animação :D
Poupamos na dormida, vamos contratar um guia e ao menos temos direito a colete salva vida. Pelo o que Thiago descreveu não é necessário, mas nunca se sabe... Pagamos apenas 10 dólares e seguimos com o grupo de turista que o Gonzalo tinha para o dia seguinte. Simplesmente a agência mais barata para fazer o canyon :D (namancambre tours) e a melhor :D
Mas quem tem ideia que na epóca seca vs a epóca das chuvas seria o mesmo?!?!? Só mesmo na minha cabeça oca!!! Isto é um canyon, com rios, claro que após 6 meses sem chuva seria apenas nadar de um lado para outro, mas agora chove todos os dias, claro que tem de haver corrente. Felizmente contratamos os guias, senão apenas teríamos caminhado ao lado do rio pelo caminho possível.
Conclusão nunca fiz rafting, mas foi o que senti, com o meu corpo a servir de bote. A posição obrigatório é: pés à frente, rabo para baixo. Mas, com tantas pedras, o rabo serve de apoio a todos os choque e acreditem que magoa. Como gosto de experimentar tentei outras posições que apenas me levaram a ficar com os pés presos, a seguir a cabeça à frente e a aparar com o restante corpo as rochas que encontrava pelo caminho. Desisto, o rabo será mesmo o sacrificado, o resto é deixar seguir. A força que o rio faz sobre o nosso corpo é incrível e não temos qualquer control. Num dos rápidos, bati com tanta força com o rabo que rodopiei, virei-me e pensei que iria contra a rocha com a cabeça, felizmente não aconteceu, mas não conseguiria fazer muito mais para ajudar. Agora tenho perfeita noção do perigo e não o voltava a fazer.....quer dizer repetia os saltos para a água.
Saltamos diversas vezes nas partes mais fundas, isso sim repetiria, quanto ao resto acho que me faltava a coragem!!!!
O PERCURSO
(com a minha máquina à prova de água avariado, restaram-nos apenas fotos onde paravamos, ficando a faltarem aspartes mais radicais, mas conforme o serviço a cliente Olympus, quando for a Portugal arranjam :S, mt obg!!!)
Adventure by Helena
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